quinta-feira, 27 de agosto de 2009


Por que minha empresa não cresce?


Por Antonio Braga

Assim como nosso maior inimigo somos nós mesmos, o grande inimigo de muitas empresas são seus próprios diretores. Muitos adotam atitudes erradas porque pensam que somente eles sabem fazer, executando atividades operacionais e deixando de agir estrategicamente.

É comum encontrarmos donos de empresas no caixa, recebendo dinheiro miúdo e passando troco por não confiarem em seus funcionários. Mal têm tempo para almoçar. Muitos ainda não informatizaram suas empresas por acharem que isso é coisa só para as grandes organizações, sendo complicado e trabalhoso para os pequenos empresários, permanecendo com os controles nas antigas fichas.

Por outro lado, esses mesmos empresários vivem se queixando das dificuldades do mercado e do concorrente que cresce mais rápido, deixando-os para trás. Geralmente, alegam que o tal concorrente age de modo desleal e que seu crescimento é de forma ilícita. Eles pensam assim porque não têm tempo de sair de suas empresas para analisar o mercado e observar como trabalham os concorrentes.

O empresário arcaico ainda não se conscientizou de que não pode fazer tudo sozinho nem de que administrar é executar serviços por meio de pessoas. Já o empresário moderno e empreendedor define bem as funções hierárquicas dentro de sua empresa, na qual cada um exerce o seu real papel. Sabe que o dele é agir estrategicamente, sendo a cabeça pensante da empresa. Para auxiliá-lo diretamente, conta com o tático, que são seus gerentes e chefes com seus respectivos departamentos. A execução fica por conta do operacional.

Com essa definição de funções bem clara, a empresa cresce, pois o empresário estratégico se cerca de táticos e operacionais competentes e qualificados, também com cabeças pensantes, com capacidade multiplicadora de ideias. Já na empresa comum, ocorre exatamente o contrário, porque o estratégico “faz tudo”, por pensar que só ele é capaz, e se cerca apenas de ajudantes baratos. Delegar tarefas? Nem pensar, porque, em sua concepção, não encontra pessoas competentes para fazer o que somente ele é capaz de executar.

A diferença entre as empresas está no ramo de atuação e porte de cada uma. As grandes organizações de hoje, que foram pequenas um dia, são administradas por pessoas que sempre pensaram grande e agem como empreendedores. Elas sabem que não podem perceber o mundo somente da sua maneira, mas também com a ajuda dos outros. Sendo assim, procuram ver, ouvir e sentir o mercado com os olhos, ouvidos e sentimentos dos seus colaboradores e clientes. Dessa forma, administram estrategicamente, com uma ampla visão do mercado, dos concorrentes e da sua empresa, com o tático e operacional desempenhando suas atividades com competência, motivação e entusiasmo. E o resultado disso é notado no crescimento e perenidade da empresa.

Aprovado pelo Prof. Antonio Maia

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